Analistas políticos destacarão o alto índice de abstenções nas eleições desse ano como um fato novo, a prova irrefutável que a população está desiludida. O fato é novo, a população de fato está cansada das mesmas opções ruins, mas não há nada de anormal ou grave nos percentuais de eleitores que não compareceram às urnas.
Mas o voto não é obrigatório?
Claro que não é. Se o sujeito não votar e não justificar a ausência, terá que pagar uma multa exorbitante de R$ 3 ou algo dessa magnitude. Ninguém liga para isso. Depois de tantas eleições, a população já aprendeu que a obrigatoriedade do voto é uma falácia. Quem não quiser votar, simplesmente não comparece. Ou justifica, ou paga a multa. Simples assim.
Dito isso, o índice de comparecimento às eleições no Brasil começa a se aproximar das democracias onde o voto não é obrigatório, o que é extremamente positivo. Ninguém pode ser obrigado a participar do processo eleitoral. E aqui, felizmente, não somos. Caiu a ficha. Os eleitores descobriram que podem dar de ombros para o voto, é um direito que todos tem.
Então, não caia na conversa dos analistas. Não é grave que um razoável percentual de eleitores preferiram não votar. É normal. De agora em diante, será assim. E viva a democracia que nos permite inclusive o direito de não exercê-la.
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Victor Loyola
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1 comentário
Rolf Henrique
31 de outubro de 2016 em 09:52Concordo plenamente com você. Excelente post
Suadações vascaínas