Esqueçam o Neymar

Ninguém discute que Neymar é um jogador diferenciado, o terceiro melhor do mundo em seu ofício. A exposição excessiva, de sua vida pessoal e profissional, é consequência de uma engrenagem que mistura marketing pessoal e interesse da imprensa. Ao colocar-se como ‘produto” antes do profissional de futebol, os danos colaterais são evidentes, e cobram seu preço.

Neymar está a 70-80% de seu potencial, segundo especialistas. Ficou três meses sem jogar e o tempo de recuperação de sua contusão não permitirá que atinja sua plenitude até o dia 15/07. É demasiado injusto descarregar toda expectativa de sucesso da seleção sobre suas costas. Afinal, são 11 os titulares.

É um fora de série tecnicamente, mas não um líder em campo. Essa característica não lhe é inata e não há nada de mal nisso. Pelé também não era. Trata-se de um grande equívoco exigir que ele ocupe esse espaço. Reclama muito da arbitragem, simula faltas, cai com facilidade; são atitudes que denotam imaturidade e angariam antipatia, antítese da liderança. A comissão técnica, ciente de todo esse contexto, deveria providenciar suporte psicológico profissional ao craque.

Para melhorar seu rendimento e tornar-se mais decisivo, mesmo abaixo das condições físicas ideais, devíamos esquecer o Neymar e dispensar a ele tratamento igual aos outros 22. Pode não ser seu desejo, uma vez que ele parece ter adotado o marketing como principio, mas é fundamental para o êxito brasileiro. O próprio grupo deveria assumir a responsabilidade e blindar o colega.

Falta algo: uma liderança clara. Alguém que conduza o time do ponto de vista emocional. Neymar não tem condições de assumir esse papel. Deixem ele jogar bola…

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