Calma, venceremos.

O que o trio Melajato nos ofereceu hoje, retirando de Sérgio Moro as delações da Odebrecht no caso do sítio e do Instituto Lula, é mais um capítulo vergonhoso da história do STF.

Somos testemunhas oculares da derrocada de um sistema corrupto que predomina no Brasil desde sempre. A Lavajato, tal qual um vírus do bem, vai tomando conta desse organismo doente, que desesperado, produz todo tipo de anticorpo para detê-la.

O senhor Lula, um arremedo do político que já foi um dia, não passa de um corrupto condenado e preso. Sua pretensa popularidade decorre da desinformação aliada ao ‘recall’. Midiático como ninguém, passará mais de um mês em cana sem nenhuma alteração na rotina do país. Fosse assim tão popular como pregam seus discípulos, era de se esperar que sua prisão funcionasse como faísca no braseiro. Nada disso. Ele é passado.

Como em breve serão outros personagens, que submergirão, um a um, aos efeitos da onda moralizante. São tempos estranhos, diz o Ministro Marco Aurélio. Na verdade, são tempos de faxina. O Brasil está sendo gradualmente desinfetado, por mais que sua instituição Suprema seja ainda um elemento desestabilizador das conquistas recentes.

Não será fácil, haverá baixas e retrocessos nessa jornada. Experimentarmos o gosto da derrota em alguns momentos, a sensação de que tudo está por um fio, mas a virtude prevalecerá sobre a canalhice. Em 15 anos, ‘Gilmares’ estarão aposentados, eventualmente esclerosados, e ‘Moros’ no auge das carreiras.

Não podemos dar espaço ao desânimo, que teima em prevalecer sob a perspectiva de curto prazo. A ‘fotografia’ de hoje pode ser ruim, mas se ampliarmos para a visão do ‘filme’, os avanços são incontestáveis. Muitos dos empresários e políticos mais poderosos do Brasil até outro dia foram ou estão presos por crimes de corrupção, usam tornozeleiras, não podem frequentar lugares públicos sem passar vergonha, um cenário simplesmente impossível há pouco tempo. Convenhamos, há razões para os picaretas estarem em pânico. A fila da cadeia é imensa…

Mas não será sem dor ou vigília. É hora de colocar a boca no trombone, denunciar as artimanhas sordidamente desenhadas nos bastidores do poder e não dar trégua aos vigaristas e seus apoiadores. Mais Curitiba e menos Brasília, é tudo que precisamos. Ao final, venceremos!

2 Comments
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2 Comentários

  1. José Tosi

    25 de abril de 2018 em 13:28

    Obrigado pela lembrança de que……”em 15 anos, Gilmares estarão aposentados e Moros no auge de sua carreira…”. Esse é um pequeno detalhe que nos passa desapercebido e contribui para esmorecer.
    De fato, podemos fazer MUITO para acelerar esse processo se CONSCIENTEMENTE procurarmos os “Moros” que existem por aí e serão candidatos a ocuparem uma cadeira em nosso, ainda mais, desmoralizado Congresso.
    Melhorar a qualidade do Congresso – não interessa se direita, centro, esquerda – aumentará a chance de forçarmos uma agenda de Estado, diminuindo a negociata hoje vigente.
    Bora lá! Continuar insistindo em fazer desse País o melhor lugar para nossos descendentes viverem!

    1. Victor

      26 de abril de 2018 em 01:03

      Isso mesmo. A eleição para o Congresso é tão importante quanto a para presidente… Worst de bem menos valorizada…

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