Hoje em discurso para sindicalistas, o investigado Lula da Silva nos brindou com mais uma de suas pérolas: afirmou que a provocação lhe causava coceiras, aludindo ao fato de que poderia se candidatar à presidência em 2018 como resposta às ‘perseguições’ que está sofrendo.
Réu em Brasília, investigado em São Paulo e Curitiba, o Jararaca tem é medo que ganhe tempo para se coçar, atrás das grades.
Aos mais animados, cautela. É improvável que o ex-cara seja preso em breve, nem mesmo no médio prazo. Não há mais razões para a prisão preventiva, o juiz Sérgio Moro foi generoso (talvez precavido) ao não prendê-lo em Março. Agora, temos que aguardar as condenações em primeira instância, que devem ocorrer em 2016. Mesmo assim, o Jararaca não será preso, poderá recorrer em liberdade.
Sua prisão ocorreria somente após a confirmação da sentença em segunda instância e caso o STF confirme o entendimento de que a pena deve começar a ser cumprida após essa decisão. Há controvérsias. Celso de Mello e Ricardo Lewandosky recentemente concederam habeas corpus contrariando o veredicto do colegiado (ambos foram votos vencidos na ocasião).
Caso retornemos ao status-quo de chicanas jurídicas intermináveis, nosso Molusco jamais será preso. Recorreria de todas as maneiras possíveis da decisão em primeira instância, e não teria o desprazer de ver a cela bater em sua cara.
Com a palavra, o STF.
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Victor Loyola
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